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Ribeirão Pires, SP

CivilFamíliaSaúdeTEAA Interdição de Pessoas com Autismo: Tudo o que Você Precisa Saber

maio 31, 20240
Introdução

 

A interdição é uma medida judicial crucial para proteger indivíduos que não conseguem realizar certos atos da vida civil de maneira independente.

Este processo é especialmente importante para pessoas com autismo, que podem enfrentar dificuldades significativas na expressão da vontade e na administração de seus bens.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente o que é a interdição, como funciona o processo e qual o papel do curador.

 

O que é a Interdição?

 

A interdição é um procedimento legal utilizado para reconhecer judicialmente a incapacidade de uma pessoa em realizar determinados atos da vida civil.

Este processo é fundamental para proteger indivíduos com transtornos mentais, como o autismo, que podem ter dificuldades para manifestar sua vontade de forma consciente e segura.

 

O Papel do Curador na Interdição

 

O curador é nomeado pelo juiz para auxiliar o interditado, funcionando como uma proteção extra, semelhante à armadura de um herói.

O curador garante que o interditado possa realizar atos que, sozinho, não conseguiria.

Este papel é essencial para a administração de bens e na tomada de decisões importantes.

 

Quem Pode Propor a Ação de Interdição?

 

A ação de interdição pode ser proposta por:

  • Cônjuge ou companheiro
  • Parentes ou tutores
  • Representante da instituição onde o interditado está internado
  • Ministério Público

 

Como Funciona o Processo de Interdição?

 

  1. Petição Inicial: A ação começa com uma petição que deve incluir laudos médicos e provas da incapacidade do interditando. O autor também deve comprovar sua legitimidade para propor a ação.
  2. Citação e Entrevista: O interditando é citado e deve comparecer a uma entrevista com o juiz, que avaliará sua capacidade através de perguntas sobre sua vida e condições.
  3. Perícia Médica: Realiza-se uma perícia médica para avaliar a condição do interditando e confirmar a necessidade de um curador.
  4. Defesa do Interditando: O interditando pode impugnar a interdição, com a ajuda de um advogado ou de um curador especial nomeado pelo juiz. Em geral, esse advogado nomeado curador é um advogado gratuito, vinculado com a OAB ou Defensoria Pública.
  5. Sentença: O juiz decide sobre a interdição, nomeando o curador e estabelecendo os limites de sua atuação. A sentença pode ser apelada, mas seus efeitos são imediatos.

 

Limites e Responsabilidades do Curador

 

O curador deve prestar contas regularmente e não pode se beneficiar do patrimônio do interditado.

A interdição deve ser revisada periodicamente para garantir que ainda é necessária.

 

Meu filho tem autismo e já fez 18 anos, preciso fazer interdição para ele?

 

  1. Avalie se seu filho consegue tomar decisões importantes sobre sua vida, como a administração de bens, contratos, e outras responsabilidades.
  2. Verifique se ele é capaz de cuidar de si mesmo em atividades diárias, como higiene pessoal, alimentação e mobilidade.
  3. Se ele apresenta dificuldades significativas em tomar decisões de forma consciente e segura, ou se não consegue gerenciar aspectos essenciais de sua vida, a interdição é uma medida adequada para garantir sua proteção e bem-estar.

 

  • O objetivo é garantir que seu filho tenha o suporte necessário para viver com dignidade e segurança.

 

  • Com a interdição, você poderá resolver questões da vida civil para seu filho, por exemplo, com bancos, benefícios previdenciários, governo etc.

 

Levantamento da Interdição

 

A interdição pode ser levantada se as condições que a justificaram mudarem.

O pedido de levantamento pode ser feito pelo próprio interditado, seu curador ou o Ministério Público, e requer nova perícia médica para avaliar a capacidade atual do interditado.

  • Em outras palavras: A interdição não é uma sentença perpétua. Ela visa proteger a pessoa enquanto ela não tem condições de tomar decisões seguras por si mesma. Se essas condições mudarem e a pessoa demonstrar capacidade para gerenciar sua própria vida, a interdição pode e deve ser levantada, garantindo que seus direitos sejam plenamente restaurados.

 

Conclusão

 

A interdição é uma medida de proteção essencial para garantir os direitos e a dignidade das pessoas com autismo.

O processo envolve várias etapas e requer provas concretas da incapacidade do interditando, sempre visando seu bem-estar e a proteção de seus interesses.

 

Se você tem dúvidas sobre a interdição ou precisa de orientação sobre o tema, entre em contato com um advogado especializado para garantir que o processo seja conduzido de forma correta e justa.

 

 

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